20-8-2007
A cidade de Antonina
terá R$ 12 milhões a serem aplicados na estruturação do receptivo de turistas e
na infra-estrutura para receber os visitantes
O superintendente da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, quer
fazer do Porto Barão de Teffé, em Antonina, a mais nova alternativa para
cruzeiros marítimos no Brasil. A idéia é transformar o terminal em um
atracadouro seguro e viável para acolher turistas dispostos a conhecer as
belezas naturais do Litoral e todo o Paraná e, ainda, a aquecer a economia
local.
O projeto receberá um
investimento inicial de cerca de R$ 12 milhões a serem aplicados na estruturação
do receptivo de turistas e na infra-estrutura da cidade para receber os
passageiros. "Acredito que Antonina está se preparando para receber estes
passageiros adequadamente. A vinda do navio de passageiros para cá deve ser
consolidada para que o Litoral e o Paraná ganhem com isso", disse o
superintendente dos portos Eduardo Requião.
Nesta quinta-feira (09),
o dirigente portuário recebeu o presidente e o vice-presidente da Associação
Brasileira das Empresas Marítimas (Abremar), Eduardo Vampré do Nascimento e René
Hermann, que também é diretor da Costa Cruzeiros, empresa italiana, que atua há
60 anos no Brasil e chega a transportar cerca de 78 mil passageiros nas três
embarcações que representa. Junto com eles, estiveram presentes o secretário
estadual de Turismo, Celso Caron, e o presidente da Associação Brasileira de
Agências de Viagens no Paraná (Abav/PR), Antonio Azevedo.
"Receber hoje essa
comitiva é um grande avanço e resultado de um esforço desta administração em
conjunto com o Governo do Estado e com as agências de turismo. Temos que
continuar com esta idéia, que nasceu há mais de um ano e meio, para que possamos
beneficiar as cidades do Litoral do Paraná", disse Eduardo Requião, que
acompanhou a comitiva de lancha até Antonina, onde conheceram o Porto Barão de
Teffé e almoçaram na cidade histórica. Lá, o prefeito de Antonina, Kleber
Fonseca, uniu-se ao grupo para apresentar a cidade e seus atrativos e relatar as
obras para recepção dos turistas.
O secretário Celso Caron
ressaltou que, a partir de Antonina, os passageiros poderão deslocar-se para
outros centros, impulsionando o turismo de todo o Estado. "A nossa meta é
inserir o Litoral do Paraná na rota desses cruzeiros. Temos uma baía, ilhas e
praias formidáveis e precisamos conseguir que esses navios parem mais no nosso
Litoral. Acredito que Antonina tem potencial para receber turistas de cruzeiros.
É uma cidade charmosa e que tem uma infra-estrutura apropriada para isso",
destacou.
Estrutura
- A estrutura para atrair os turistas foi apontada pelo presidente da Abremar,
Eduardo Vampré do Nascimento, como primordial para a abertura do mercado de
cruzeiros no Paraná. "Antonina tem um perfil mais turístico e esperamos que
possamos incluir o Paraná no roteiro dos nossos navios. A costa brasileira tem
poucas baías e a do Paraná é uma forte candidata para convencermos as companhias
que compõem a Abremar a parar no Paraná", revelou Nascimento.
Segundo o presidente da
Abremar, um passageiro de cruzeiro marítimo chega a gastar entre US$ 140 e US$
150 por dia em restaurantes, lojas e outros atrativos. No entanto, sem
alternativas turísticas, a média chega a US$ 30. "Temos que ter estrutura para
encantar os turistas", disse Nascimento.
Estimativas da Abremar
afirmam que o mercado de cruzeiros terá um crescimento de 20% em relação ao ano
passado. Neste ano, a expectativa é que 400 mil passageiros embarquem nos
cruzeiros da costa brasileira. São estes números que incentivam a administração
portuária a apostar no terminal "Barão de Teffé" como ponto de atracação de
transatlânticos. "Uma fatia de mercado que pode ser absorvida por Antonina",
consideraram os integrantes da comitiva.
União
- De acordo com Eduardo Nascimento está sendo muito importante a iniciativa de
fazer do litoral paranaense parte da rota dos cruzeiros marítimos. "Nunca
tivemos uma oportunidade como esta que está sendo oferecida pelo superintendente
da Appa, Eduardo Requião. Faltava esta força, este incentivo para que pudéssemos
mostrar o que é o Paraná" , comentou o presidente da Abremar.
"É muito importante
estarmos aqui hoje porque precisamos de portos novos para mostrar aos nossos
passageiros. Atualmente, estamos restritos a cerca de 10 portos e no Paraná
ainda não temos uma opção. Podemos analisar esta possibilidade para a temporada
de 2008 e 2009 e incluir Antonina no roteiro. Nós precisamos de novos destinos e
esta só pode ser uma boa parceria", comentou o vice-presidente da Abremar, René
Hermann.
Para o
presidente da Abav/PR, Antonio Azevedo, o Paraná apresenta as melhores rotas e
traduz-se como um produto diferenciado. "Temos um patrimônio natural inigualável
em relação aos demais pontos de parada de navios. A nossa meta é que os navios
venham para o Paraná e queremos verificar as oportunidade de logística e de
receptivo. Aqui temos uma área de patrimônio natural, de preservação ambiental,
santuários ecológicos e temos uma grande oportunidade. Acredito que seremos
vencedores", comentou Azevedo. |